Veículo em viagem com perda de sinal, como agir?

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Transportador, está sofrendo com a frequente perda de comunicação com o caminhão? É sempre um susto, pois o que vem à mente, logo, é que roubaram seu veículo, certo? Mas calma! A perda de sinal realmente acontece e você precisa entender quando realmente é necessário agir.

A perda de sinal é a ausência de comunicação entre o rastreador e a gerenciadora de risco. É importante salientar que você precisa identificar na documentação do PGR (Plano de Gerenciamento de Risco) a cada quanto tempo ficou definida a necessidade de envio de posição: minuto a minuto, a cada dez minutos, uma vez a cada hora? Esse tempo é definido pelo tipo de carga (perigosa ou não) e a localidade em que é transportada (local de maior risco de roubo ou não), entre outros pontos importantes da viagem.

A perda de sinal acontece quando, na ausência desta comunicação bidirecional, digamos assim, a sua central de monitoramento não recebe a posição do veículo. Pois bem, o satélite normalmente precisa de uma visada e muitas vezes o motorista estaciona o seu caminhão próximo de uma parede e naquele momento não deu a visada com o satélite. Provavelmente algum tempo depois, devido ao movimento do globo, da terra, essa “visada”, essa comunicação vai normalizar, mas poderá passar um período sem o envio de sinal.

Porém, seu caminhão ficou estacionado ali durante todo o almoço do motorista, cerca de 1h, mas o seu período para envio de comunicação estava estabelecido de dez em dez minutos. Este é um dos problemas que acontecem no gerenciamento de risco. A comunicação via satélite, próxima de obstáculo. A dica aqui para você, gestor de frota, é orientar seu condutor a manter o caminhão sempre numa área mais aberta, claro, que proporcione segurança.

Outro problema em questão é que modelos mais antigos de rastreadores ainda possuem a comunicação chamada GPRS que, traduzindo nos dias de hoje, 2G. Então, normalmente em locais também remotos também não tem nem comunicação 2G o que causa a perda de visão do caminhão. Por isso, muitas tecnologias estão migrando de 2G para 3G, 4G…

Outro lugar que perde comunicação, claro, é dentro do túnel. Então, seu caminhão está passando em um túnel ou você está numa cordilheira, vamos mencionar aqui a famosa Cordilheira dos Andes, como se fosse, quase, uma parede lateral também. O veículo perde comunicação, mas não é necessariamente um problema, porque se a sua configuração for para envio de posição a cada dez minutos ou meia hora, é tempo suficiente para passar o túnel, por exemplo.

Todavia, se houver um congestionamento aqui, você vai perder visada. Podem passar 10 minutos, 20 minutos, 1h e você está parado no congestionamento, dentro do túnel. Aí nós vamos ter um problema de comunicação também.

Mas daí você vai olhar e o motorista conseguiu enviar o whatsapp, mas o caminhão não está enviando posição, qual o problema? Porque ali tem 3G, 4G ou às vezes até 5G de transmissão, mas não tem a visada com o satélite que o rastreador precisa para enviar posição.

Por isso que hoje em dia, o celular se tornou uma ferramenta importante. É uma grande ajuda para fazer o gerenciamento de risco e a logística, por causa dessa defasagem do 2G, que muitas empresas de tecnologias têm até hoje.

Vamos falar agora do trabalho da gerenciadora de risco. O que acontece quando existe a ausência de comunicação? Pois bem, seu caminhão está enviando posição de dez em dez minutos. De repente ele para de enviar a informação de localização. O software da gerenciadora de risco vai alertar o operador.

Muitas gerenciadoras deixam no automático e quando há perda de sinal, há também o bloqueio do caminhão. Isso é um erro gravíssimo. Imagina o motorista estar dentro de um túnel, sem sinal….. então, a gerenciadora envia os comandos de bloqueio e sirene…. O motorista sai do túnel, volta a visada de comunicação e o caminhão é bloqueado, dando indícios de roubo? Situação complicada, certo?

Sim, mas isso realmente acontece, são procedimentos. Por isso, seu motorista precisa ser treinado. Via de regra todo mundo fez o que deveria, seguiu os procedimentos estabelecidos em PGR.

Treine seu motorista para manter a calma, para informar que ficará no túnel mais tempo do que estava prevendo, que levará mais tempo para subir a Cordilheira, mas do que previa e que poderá ficar sem sinal, ou a entrega do combustível embaixo no zinco, da cobertura do posto, levará mais tempo, que ficará sem sinal, para evitar que o veículo seja bloqueado e que a gerenciadora inicie procedimentos que não precisaria.

Falamos muito em treinamento do motorista, mas aqui, quando o assunto é perda de sinal, esse tema se torna fundamental. Se o seu motorista já sabe que no ponto X ocorre perda de sinal, ele precisa ser treinando para informar, enviar mensagem à central de monitoramento, dizendo que entrará em área com perda de sinal, que ficará uma média de tanto tempo (previsão), para que a Central fique atenta quanto ao não envio de posição.

Há também falhas técnicas dos rastreadores, afinal, são equipamentos de tecnologia que podem falhar a qualquer momento, devido ao ruído do dia a dia da viagem e por isso também merecem atenção em relação à frequência de manutenção.

Importantíssimo também salientar aqui: toda vez que seu motorista iniciar uma viagem a sua gerenciadora de disco precisa configurar o veículo com as suas cargas, com a configuração correta para você não ser penalizado, para você não ter problemas de travar a sua operação no dia a dia e por mal configuração, pois o veículo pode ser o mesmo, mas a carga e o destino, diferentes, o que exige uma configuração diferente para aquela viagem.

Hoje, grande parte da perda de sinal é alarme falso, por todos os itens que mencionamos acima e que causam diversos transtornos. Por isso, converse com sua gerenciadora, faça a configuração correta para cada viagem e treine seu motorista frequentemente, para estas eventualidades.